São Tomé e Príncipe integra missão para convencer o Ruanda a regressar a CEEAC

São Tomé e Príncipe integra missão para convencer o Ruanda a regressar a CEEAC

Vitrina, 01.12.2025 – São Tomé e Príncipe vai integrar uma missão de bons ofícios com mandado da Comissão Econômica dos Estados da África Central (CEEAC) para mediar o conflito entre a República Democrática do Congo (RDC) e convencer o Ruanda a regressar à organização. O anúncio foi feito pelo presidente da república que participou esta segunda-feira 01 de dezembro, de forma virtual, na VIII Cimeira extraordinária da Comunidade, cujos trabalhos centraram-se sobretudo sobre “a questão da política e segurança dos onze estados da sub-região”.

Carlos Vila Nova falou à imprensa, no final dos trabalhos que demoraram mais de três horas para dizer que a CEEAC tem pela frente “alguns desafios” para resolver.

“A segurança é uma das preocupações dos países membros. Há tenção entre os estados-membros, o que tem criado problemas no funcionamento da própria organização”, disse o chefe de estado, lamentando que o conflito entre alguns dos membros da organização “culminou com a retirada unilateral do Ruanda”.

“Era preciso analisar toda essa questão porque a melhor segurança dos estados-membros é a paz. Havendo paz nós estamos seguros”.

A VIII Cimeira extraordinária decidiu, por isso, criar uma comissão tripartida composta pela Guiné Equatorial, Camarões e São Tomé e Príncipe com mandato para uma missão de intermediação junto da República Democrática do Congo (RDC) e do Ruanda, dois países em conflito.

A missão de mediação vai “trabalhar no regresso do Ruanda à organização”, bem como na resolução desse conflito entre o Ruanda e a RDC “que tem criado inúmeros problemas diretos e indiretos não só a organização, como também as pessoas e os países”.

Carlos Vila Nova lembrou ainda que há várias outras iniciativas em curso para se encontrar a paz nesta parte do continente, designadamente o acordo assinado entre o Ruanda e a RDC, mediado pelos Estados Unidos, o acordo assinado em Doa (Qatar) entre a RDC e o grupo armado M23, e uma diligência em curso a nível da União Africana, encabeçada pelo Togo.

M. Barros

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