Golpe de estado tira a Guiné Bissau a presidência da CPLP

Golpe de estado tira a Guiné Bissau a presidência da CPLP

Vitrina, 01.12.2025 – O golpe de Estado na Guiné Bissau impede este país de continuar a presidir a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP, disse hoje o presidente da República, Carlos Vila Nova.

“Neste momento há uma situação de vacatura e nos nossos estatutos não se prevê vacatura. Quer dizer que nos próximos dias temos que abrir caminho a uma série de diligências por parte dos estados-membros, para podermos ultrapassar essa situação”, explicou Carlos Vila Nova, sublinhando que a organização vai passar por um período de transição até encontrar o próximo presidente.

O presidente de São Tomé e Príncipe reconhece uma certa lentidão da CPLP na reação ao golpe militar em Bissau, mas defende que “a nossa CPLP é uma organização eminentemente política e cultural”.

“Pode haver muitas razões, o importante é que já se está a trabalhar no assunto. Eu acredito que acabará numa cimeira extraordinária, mas antes disso eu acredito que haverá reuniões técnicas ministeriais”.

Carlos Vila Nova disse que está a acompanhar “com muita apreensão e bastante preocupação” a situação na Guiné Bissau.

“Nós somos membros de uma comunidade, a CPLP, São Tomé e Príncipe condena e condenará sempre toda a tentativa de subversão da ordem constitucional. Usurpar poderes por via das armas merece a nossa condenação”, disse Carlos Vila Nova a jornalistas no final hoje da VIII Cimeira Extraordinária da Comunidade Económica dos Estados da África Central, CEEAC, em que participou por videoconferência, no Ministérios dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades.

Considera que “a manifestação expressa pelo povo nas urnas deve ser respeitada por todos”, e congratula-se com as várias diligências em curso por várias organizações a nível da comunidade regional e internacional, com vista ao regresso da normalidade constitucional naquele país da comunidade lusófona.

Carlos Vila Nova sublinhou que a nível da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, CPLP, “tem havido diligências”, referindo-se que “ainda esta manhã (hoje 01 de dezembro) tive uma longa conversa com a secretária executiva da CPLP, abordamos as diferentes formas (de uma intervenção) e a nossa preocupação é de que a Guiné-Bissau é o país que preside a comunidade”.

M. Barros

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