Paludismo, HIV e Tuberculose desafiam capacidade do sistema de saúde e fragilizam potencial produtivo do país - PR
Vitrina, 02.12.2025 – O Presidente da República e presidente da Comissão Nacional de Luta Contra o Paludismo considerou esta terça-feira que esta doença, HIV Sida e Tuberculose representam “fontes profundas de sofrimento, pobreza e subdesenvolvimento” e “afetam famílias, comprometem o desenvolvimento económico, desafiam a capacidade do nosso sistema de saúde e fragilizam o potencial produtivo da nação”.
Carlos Vila Nova falava na abertura do Workshop nacional multissetorial sobre o paludismo, HIV SIDA e Tuberculose que decorreu no Palácio dos Congressos e reuniu as mais altas individualidades do país incluindo deputados da Assembleia Nacional, representantes de missões diplomáticas, da sociedade civil, das Organizações Não Governamental, da juventude e técnicos da saúde.
“No contexto que hoje enfrentamos, o paludismo, a tuberculose e o HIV sida são muito mais do que indicadores estatísticos de saúde”, disse o presidente da Comissão Nacional de Luta contra o paludismo que se congratula com a “solidariedade dos nossos parceiros e a energia transformadora da nossa juventude”, no combate à doença.
O chefe de estado são-tomense lembrou nesse fórum que “a saúde deve constituir uma verdadeira causa nacional”, e reconheceu “os avanços significativos” que o país já alcançou na luta contra a malária.
“Avanços que em determinados períodos, já fizeram do nosso país uma referência na região”, lembrou Carlos Vila Nova, alertando, contudo que o caminho ainda “parece longo e as conquistas continuam frágeis”.
Nos últimos meses ressurgiram casos que abalaram os planos iniciais de erradicação em finais de 2025 e lançaram “um sinal de alerta”.
“Faço votos que esse workshop represente mais do que um exercício técnico ou uma simples reunião institucional. É fundamental dialogar sim, refletir, mas acima de tudo é urgente agir”, apelou o governante, sublinhando que “a luta que travamos não se esgotas nos hospitais ou centros de saúde. Ela está presente em cada escola, em cada família, em cada quintal, em cada gabinete ministerial”.
No discurso de cerca de dez minutos o presidente da república defendeu que “a saúde não é nem pode ser apenas uma responsabilidade do Ministério da Saúde. É uma missão de todos os setores da vida nacional, que requer ação coordenada, investimento contínuo e responsabilidade partilhada”.
“Afirmo com convicção que esse workshop compromete o presidente da república, a assembleia nacional, governo, os parceiros nacionais e internacionais, as autarquias, organizações comunitárias, setor privado e cidadãos”, disse o estadista são-tomense para quem a luta contra o paludismo é uma causa nacional.
“Uma prioridade que transcende ciclos políticos, agendas individuais ou diferenças de opiniões”, disse o presidente da república que reafirmou o “compromisso pessoal e institucional com esta causa”.
“Sobrevivemos aos desafios do passado, trabalhemos unidos para vencermos o desafio do futuro e esse futuro deve ser um futuro em que nenhuma criança morra com o paludismo, nenhuma pessoa seja discriminada por viver com HIV, nenhum cidadão seja abandonado na luta contra a tuberculose e que o nosso sistema de saúde seja motivo de orgulho nacional”, apelou.
O ministro da saúde considera que o workshop serviu para “promover um espaço de diálogo aberto, participativo e inclusivo sobre a situação atual do paludismo em São Tomé e Príncipe e definir estratégias sustentadas e integradas para a sua eliminação”.
Celso Matos disse que o índice da malária aumentou nos últimos tempos, mas não avançou números.
“Os dados epidemiológicos mais recentes revelam uma tendência de aumento de casos o que compromete a meta de eliminação”, revelou o ministro.
M. Barros