Vitrina, 03.12.2025 - Agostinho Fernandes tomou posse hoje como novo governador do Banco Central de São Tomé e Príncipe, BCSTP, tendo prometido “reforçar a ancoragem da política monetária preservando a credibilidade da paridade cambial”, e “promover uma inflação baixa e estável”.
O novo governador do BCSTP que foi empossado juntamente com dois novos administradores reconheceu que a sua missão é de “grande exigência técnica e de elevada responsabilidade institucional”, sobretudo “perante todos os cidadãos deste país que confiam no nosso trabalho para garantir a estabilidade da moeda, a segurança do sistema financeiro e o equilíbrio da economia nacional”.
Economista de profissão, Agostinho Fernandes promete “gerir prudentemente as reservas internacionais, assegurando liquidez adequada e reduzindo vulnerabilidade externa” do Banco Central.
Durante a investidura conferida pelo primeiro-ministro, Américo Ramos, o novo homem forte do BCSTP reconhece que num contexto em que a inflação tem mostrado resistência, “o crédito a economia carece de mais qualidade, as reservas internacionais exigem uma gestão meticulosa para garantir a manutenção da paridade cambial do euro” e o país precisa de um Banco Central “competente, independente e previsível”.
“Economias pequenas e abertas como a nossa enfrentam vulnerabilidades externas que exigem vigilância constante e políticas prudentes”, lembrou, sublinhando que é necessário “recuperar a credibilidade e reputação” dessa instituição e “transformá-la numa instituição reconhecida pela sua competência e independência técnica, integridade moral e utilidade social”, ou seja, um Banco Central que “inspira confiança dentro e fora do país”.
Agostinho Fernandes promete governar na base de alguns princípios que considera “inegociáveis”, entre os quais “Independência técnica”, na base da qual “nenhuma decisão do BCSTP será movida por pressões externas, mas apenas por dados, análises e por princípio de prudência”.
Elogiou a equipa cessante e prometeu liderar com “escuta ativa, com respeito, com empatia, mas com exigência”, considerando que a administração cessante conseguiu manter a instituição “firme, numa conjuntura interna de dúvidas e incertezas e numa conjuntura internacional marcada por sucessivos choques, desde a inflação importada, a volatilidade dos mercados de energia e de alimentos, ao endurecimento das condições financeiras globais”.
Transmitiu a garantia de “continuidade, seriedade e de transparência” aos parceiros internacionais de São Tomé e Príncipe, nomeadamente o FMI, Banco Mundial, BAD, União Europeia e Banco de Portugal.
M. Barros